Julião - A poesia que por este andar só a minha morte vos pode dar
Júlio Alberto Allen Vidal (1995-2021) doou o seu espólio de 71 cadernos e 3 livros marginalizados à Apuro - Associação Cultural e Filantrópica. Daí, passou pela seleção de Bernardo Guerra Machado (que também assina a introdução da antologia) e pelo trabalho gráfico (paginação e capa) de Bruna Souza. A revisão editorial foi levada a cabo por Rui Spranger.
Este projeto contou com o apoio da CCDRNorte, da Freguesia de Paranhos e do Município de Famalicão.
Júlio Alberto Allen Vidal nasceu em 1955, no Porto. Após uma passagem pelo Entroncamento, a família muda-se para Luanda em 1970. Um ano após o 25 de Abril, regressam para Portugal e separam-se. Voltam-se a reunir em Vila Franca de Xira, e em 1978 dá-se o retorno definitivo para o Porto. Cinco anos depois, o poeta conclui o liceu, na área de Humanidades, e acaba por cair no vício da heroína. Sustenta-o através de catadupas de breves empregos, que muito lhe moldaram a escrita - vendedor de enciclopédias, pastor de cabras, operário numa fábrica de cerâmica, e outra de botões, pedreiro, porteiro...
A partir de 1998, apoiando-se na metadona, deixa a heroína; e é nesse percurso de reintegração, para sair da miséria em que havia mergulhado, que consegue publicar o seu primeiro livro numa editora: “auto-estrada discurso de um homem livre” (2008, Projecto Literatura em Movimento).
Antes, havia auto-publicado dois livros: “Flores, Paz e Cinzas” (1984) e “Outono ou A Primavera da Vida” (1993).
Em 2021, morre, vítima de cancro hepático.
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